Atividades sindicais exigem tempo e dedicação e proposta de resolução substitutiva a 60/1992 retira carga horária sindical de dirigentes da Adufes

A pergunta que fica é: a quem interessa um sindicato com menos condições de defender os direitos da categoria? É bom pensar nisso.

A atuação da diretoria da Adufes está ameaçada pela proposta de resolução substitutiva a 60/1992 pautada para ser analisada, a toque de caixa, no dia 3 de outubro no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A atividade sindical não é remunerada e envolve uma série de responsabilidades que vão além da representação formal, o que exige carga horária disponível.

Dirigentes sindicais analisam contratos, decidem sobre a aplicação dos recursos da categoria, fazem a gestão de trabalhadoras/es e prestadoras/es de serviço da entidade, acompanham obras e projetos, além de estudar documentos e elaborar estratégias de defesa da categoria. Também realizam articulação política e institucional com a universidade, autoridades, representações nacionais e movimentos sociais.

Atualmente, apenas a Presidência e a Secretaria-geral são reconhecidas pela Resolução 60/1992 da Ufes, o que já está muito longe do ideal, considerando a demanda crescente no Sindicato. A Tesouraria-geral chegou a ser considerada pela Comissão de Política Docente (CPD) do Cepe, em 2022, mas acabou não incorporada na proposta de resolução substitutiva encaminhada pela CPD em 2025. Com esse quadro limitado, dificulta-se o trabalho sindical e com a retirada até mesmo disso, haverá um grande retrocesso.

Em vez de ampliar o reconhecimento ao papel do sindicato, a proposta se revela antissindical ao retirar conquistas já consolidadas. Isso ameaça enfraquecer a atuação da Adufes, uma vez que a sobrecarga de atividades pode inviabilizar o trabalho das/dos dirigentes.

Professor não tira direito de professor!

Por tudo isso, é preciso dizer que:

  • Antes de pautar, tem que dialogar
  • Não aceitamos retirada de direitos
  • Basta de sobrecarga de trabalho

Adufes