A tradição na Ufes é não dialogar. Confira clicando aqui o vídeo em que a professora Junia Zaidan, da base da Adufes, lembra que a universidade, em seus 71 anos, é marcada pela escuta inexistente ou apenas para “inglês ver”. Ela destaca a importância da Adufes e questiona o que significa a universidade excluir o sindicato da proposta substitutiva à Resolução 60/1992, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), depois de um debate de anos e que em 2022 teve o comprometimento da Comissão de Política Docente da época para não apenas manter mas ampliar a liberação de diretoras/es para as ações sindicais.
A atuação da diretoria da Adufes está ameaçada pela proposta, pautada para ser analisada, a toque de caixa, no dia 3 de outubro no Cepe. A atividade sindical não é remunerada e envolve uma série de responsabilidades que vão além da representação formal, o que exige carga horária disponível. Além disso, o texto aumenta a sobrecarga de trabalho docente, como já amplamente demonstrado pela Adufes.
No vídeo, a professora ressalta também que a relação da Ufes com a entidade deve ser mantida independentemente de quem ocupe as diretorias. Junia lembra que, nos últimos anos a Adufes tem sido comandada por mulheres e atua de maneira mais combativa, com greve em 2024, defesa ativa da lei de cotas em concursos docentes, denúncias diante de crises e retrocessos. Contudo, a resposta a essa atuação não pode contaminar a relação institucional e a discussão sobre as mudanças na resolução precisa ser, antes de tudo, política, e não apenas técnica ou jurídica.
O vídeo foi captado durante a assembleia geral da Adufes do dia 12 de agosto.
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