A realidade da sobrecarga de trabalho docente na Ufes foi evidenciada por meio das respostas enviadas pela categoria que teve ampla participação na enquete nacional “Condições de Trabalho e Saúde Docente”, realizada pelo Andes-SN e concluída em fevereiro de 2025. A Adufes foi a seção sindical com maior número de respostas em todo o país, reunindo 347 docentes (244 em atividade e 103 aposentadas/os) em um universo nacional de 5.974 formulários respondidos.
Os dados coletados são alarmantes. Entre os/as docentes da Ufes:
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64% relataram aumento da quantidade de trabalho no último ano;
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79% afirmaram trabalhar acima da jornada estabelecida;
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80% consideram que o tempo disponível é insuficiente para atender às demandas;
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54% avaliaram as condições de trabalho como insatisfatórias ou muito insatisfatórias;
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Apenas 19% declararam conseguir manter tempo de desconexão sempre ou frequentemente.
Apesar da evidência demonstrada pelo Andes-SN, a Ufes se prepara para votar a toque de caixa, no próximo dia 3 de outubro, no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), a proposta de resolução substitutiva a 60/1992. O texto, construído sem estudos de impacto, abre a possibilidade de os departamentos reduzirem o tempo reconhecido para o planejamento didático, empurrando para fora da carga horária tarefas essenciais como preparação de aulas, elaboração de materiais e correção de avaliações.
O engajamento da base capixaba também se destacou em comparação nacional. A segunda seção sindical mais participativa foi a Adunicamp, com 249 respondentes em um universo de mais de 2.000 filiados. A base da Adufes se mobilizou mais numericamente (347) e proporcionalmente, uma vez que possui cerca de 1.600 sindicalizados.
Mobilize-se antes que seja tarde!
Por tudo isso, é preciso dizer que:
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Antes de pautar, tem que dialogar
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Não aceitamos retirada de direitos
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Basta de sobrecarga de trabalho
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Adufes