Debate na Adufes abordou as razões que tornam o teletrabalho “atrativo” e o seu impacto nas universidades

Foi realizado na Adufes nesta quinta-feira, 15 de maio, a atividade “Teletrabalho no serviço público no marco do avanço da precarização laboral”, promovida pelo GT de Política de Formação Sindical (GTPFS) e o Conselho de Representantes (CR) do sindicato. O debate teve a participação da professora Luci Praun, da Universidade Federal do Acre (UFAC), que também é pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e compõe o Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp).

O evento reuniu docentes, técnicos e estudantes para discutir os impactos do teletrabalho no serviço público. A exposição da professora Luci Praun trouxe à tona o que ela chamou de uma ambivalência: apesar dos prejuízos reconhecidos e apontados pela categoria docente dessa modalidade, muitas pessoas o veem como uma alternativa. Isso acontece porque há dificuldades com transporte caro e/ou de baixa qualidade, salários baixos que dificultam o cuidado com dependentes, e falta de estrutura nas universidades, fatores que empurram servidoras/es, especialmente técnicas/os, para o teletrabalho, com todos os “incentivos” do governo federal — mesmo com o risco da sobrecarga e do isolamento que ele pode causar.

Luci Praun destacou que essa ambivalência não deve colocar as categorias em lados opostos, mas levar ao debate para a construção de caminhos comuns, na defesa de melhores condições para todas e todos e para o fortalecimento do serviço público.

Considerando a complexidade do tema e o interesse que desperta, ele voltará à pauta a partir de iniciativas do GTPFS e do CR da Adufes que proporão novas ações para tratar do assunto.

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